segunda-feira, janeiro 14, 2013

INTENSIDADE

Vida inconsequente, cheia de falhas pendentes por si só, que em apenas segundos de ócio se transformam em vidas doentes, doente de amor não correspondido, amores feridos por um punhal de magoa e ardor, sem nem sequer gozar da solidão a vontade, um punhado de embaraçados jogados as traças em um quarto de motel, temendo a chegada da luz no fim do túnel se julgando incapaz de cerca-lo do mais puro tesão do momento.

Seu corpo flamejante, soltando faíscas ao mais fino e inocente toque, esperando pacientemente a explosão de sentidos extremamentes aguçados , impuro e doentio.

Preso a uma situação impulsiva em que o mais fraco morre, diria até um vacilo de seu impetuoso membro causador de emoções inexplicáveis nesta humilde parte injustiçada da natureza, mas que nos dá o prazer de derramar gotas de palavras que acalantem o coração sofredor de quem o escreve.

Lamentando o poder carnal de corpos nus a espera de calor, porque será que é tão difícil e ao mesmo tão fácil esse jeito louco de viver, há uma cura para isso, ou é o que imagino e o que conforta as vezes na solidão impetuosa da noite fria de estrelas sussurrando desastres de uma vida sem loucuras.

Me chamam de louca, louca é pouco, o que eu penso são apenas situações em que os loucos são vocês que passam por despercebido do espetáculo chamado vida.

Natália Pedroso (NE)
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